- E você dormiu com ela?
Não respondi. A resposta era obvia. Percebi que ela não aprovou. Ela apertou o passo ainda mais e tomou distância de mim. Uma retaliação esportiva, claro. Mas eu também pedalei forte e a alcancei. Gritei:
- Não tive ação. O que eu iria fazer?
Ela pedalou mais forte ainda. Normalmente ele não andava tão distante de mim. Obviamente ela zombava do meu estado pós-noite de aventuras. As duas garrafas de vinho que havíamos tomado noite adentro deixavam minha boca seca. E diminuíam minha capacidade física.
Dormi pouco, admito. Depois de conversarmos um pouco e tomarmos o vinho, fomos conhecer nossos corpos. Eu não a via a tanto tempo que mal lembrava do brilho dos seus olhos. Pela madrugada ela dormiu profundamente. Eu a abraçava e logo adormeci também. Acordei com o seu corpo se mexendo e desconfortavelmente não mais dormi. Amanheci sentada no chão contemplando seu corpo de bruços em minha cama.
- Demorou pra me alcançar, hein?
- Não faz assim Julia. Se você a visse, iria me entender.
- Bruna, eu jamais dormiria de novo com alguém que me deixou na mão uma vez.
E mais uma vez ela tomou distancia.
Minhas pernas doíam.
Não respondi. A resposta era obvia. Percebi que ela não aprovou. Ela apertou o passo ainda mais e tomou distância de mim. Uma retaliação esportiva, claro. Mas eu também pedalei forte e a alcancei. Gritei:
- Não tive ação. O que eu iria fazer?
Ela pedalou mais forte ainda. Normalmente ele não andava tão distante de mim. Obviamente ela zombava do meu estado pós-noite de aventuras. As duas garrafas de vinho que havíamos tomado noite adentro deixavam minha boca seca. E diminuíam minha capacidade física.
Dormi pouco, admito. Depois de conversarmos um pouco e tomarmos o vinho, fomos conhecer nossos corpos. Eu não a via a tanto tempo que mal lembrava do brilho dos seus olhos. Pela madrugada ela dormiu profundamente. Eu a abraçava e logo adormeci também. Acordei com o seu corpo se mexendo e desconfortavelmente não mais dormi. Amanheci sentada no chão contemplando seu corpo de bruços em minha cama.
- Demorou pra me alcançar, hein?
- Não faz assim Julia. Se você a visse, iria me entender.
- Bruna, eu jamais dormiria de novo com alguém que me deixou na mão uma vez.
E mais uma vez ela tomou distancia.
Minhas pernas doíam.

4 comentários:
Dra.:
Recaídas são mesmo doloridas em muitos sentidos diferentes.Tem algo sarcástico e bem pontuado no texto, muito bom como sempre.Beijos.
Ora, ora... Voltando ao passado, reconhecendo corpos... Muito bom...
Doutora.
Adoro seu blog.
Escrevi um livro, e queria muito sua opinião.
Não quero ocupar seu tempo. Mas, será um grande prazer.
Como posso enviar em pdf para vc?
pablo.torrens@hotmail.com
abraços.
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