domingo, 28 de dezembro de 2008

C’est fini

Suas mãos suavam. Seu coração explodia. O que ela mais queria era encontrar ela e olhar em seus olhos. Seus lindos olhos. Os sinais são muito claros: é paixão. E enquanto ela pensava nisso viu quando ela desceu as escadas e veio em sua direção. E ela pensou meu deus como ela é linda. O mundo parou por alguns minutos. E ela se sentiu profundamente feliz e tranquila. O que ela mais queria era tomar sua mão entre as suas. Era conhecer seu corpo como ninguém. Era ouvir a sua voz que, de repente, transformou-se na melhor coisa que ela já ouviu. Mas essa moça apaixonada tenta dizer as coisas pelo olhar. Ela teme falar as palavras porque teme a reação dela. Teme a indiferença e tantas outras coisas. Medo todo mundo tem. Mas quando essa moça apaixonada se encontrou com a sua paixão todo o temor desapareceu por algumas horas. O medo da mudança, da solidão, da transformação, e o que mais mata ela, o medo do futuro. E das escolhas erradas.

Mas nem tudo são flores. Tudo muito confuso, tudo muito rápido, o doce e o amargo em uma brincadeira onde o vencedor já era esperado. O amargo da boca numa tarde quente de domingo era bastante significativo e teimava em não desaparecer. E mostrava o vencedor.


4 comentários:

Marcia Paula disse...

Olá,Dra:

Diz uma máxima que o medo de não ganhar nos ajuda a perder.Beijos.

Anônimo disse...

Esse mesmo medo que não deixa que nos joguemos ao desconhecido assim a esmo, também não nos permite sentir o prazer da liberdade que o vento batendo no rosto durante a queda nos proporciona. Só mesmo sabendo o que há do outro lado para dribar esse medo e, como alguém me disse uma vez, o futuro não nos pertence.

Carioca disse...

Dra. Gô, vi teu comentário no blog da Isa e fiquei com vontade de receber seus conselhos,rs. Acho que temos algo em comum.
Medo de escolhas??? Ai, meu Deus! como isso é sério!!!
Posso te linkar?

Isa Zeta disse...

Oh, God.

Vc escreve diabolicamente bem.