Foi assim que nos conhecemos.
Ela me atropelou. Nos primeiros instantes eu não percebi bem. Bati a cabeça no meio fio e, possivelmente, fiquei desacordada alguns segundos. Quando voltei a terra a primeira coisa que vi foram pernas. E um indescritível scarpin preto. Pisquei os olhos novamente e vi a magrela. Estava torta. Quase tive outro desmaio. Me levantei cambaleante e vi seu rosto pela primeira vez. Descarreguei todos os impropérios que vieram a minha mente. Só faltou chamá-la de puta. E seus olhos me fitaram enquanto isso.
Ela falava no celular. Queria uma ambulância. Ao redor curiosos se amontoavam. E me senti humilhada. A magrela do meu coração ali, torta. E ela ali, no alto dos seus 1,70m com o indescritível scarpin preto.
Me neguei a ir ao hospital em uma ambulância. Iria com dignidade. Ela se ofereceu pra me levar. E a magrela? Enfiei torta mesmo no carro dela e a fiz largá-la em casa. Mais tarde eu cuidaria de sua saúde.
No caminho ela se desculpou. Minhas pernas estavam esfoladas e eu sentia uma dor horrível no peito. Nunca havia quebrado uma costela. E pensava que só podia ser uma costela. Mas afinal, como se recuperava uma costela?!?
Eu só sentia o perfume dela dentro do carro. Observava todos os seus movimentos mesmo com a raiva corroendo meu coração. Ela gesticulava enquanto falava e se justificava.
Saldo: duas semanas de repouso e a magrela em reparos. Claro, fiz com que ela pagasse. E ao final das duas semanas eu já a chamava de puta, enquanto ela gemia na minha cama. Com o indescritível par de scarpins pretos.
Ela me atropelou. Nos primeiros instantes eu não percebi bem. Bati a cabeça no meio fio e, possivelmente, fiquei desacordada alguns segundos. Quando voltei a terra a primeira coisa que vi foram pernas. E um indescritível scarpin preto. Pisquei os olhos novamente e vi a magrela. Estava torta. Quase tive outro desmaio. Me levantei cambaleante e vi seu rosto pela primeira vez. Descarreguei todos os impropérios que vieram a minha mente. Só faltou chamá-la de puta. E seus olhos me fitaram enquanto isso.
Ela falava no celular. Queria uma ambulância. Ao redor curiosos se amontoavam. E me senti humilhada. A magrela do meu coração ali, torta. E ela ali, no alto dos seus 1,70m com o indescritível scarpin preto.
Me neguei a ir ao hospital em uma ambulância. Iria com dignidade. Ela se ofereceu pra me levar. E a magrela? Enfiei torta mesmo no carro dela e a fiz largá-la em casa. Mais tarde eu cuidaria de sua saúde.
No caminho ela se desculpou. Minhas pernas estavam esfoladas e eu sentia uma dor horrível no peito. Nunca havia quebrado uma costela. E pensava que só podia ser uma costela. Mas afinal, como se recuperava uma costela?!?
Eu só sentia o perfume dela dentro do carro. Observava todos os seus movimentos mesmo com a raiva corroendo meu coração. Ela gesticulava enquanto falava e se justificava.
Saldo: duas semanas de repouso e a magrela em reparos. Claro, fiz com que ela pagasse. E ao final das duas semanas eu já a chamava de puta, enquanto ela gemia na minha cama. Com o indescritível par de scarpins pretos.