As sete e quinze ela saiu, meio trôpega, meio linda, carregando sua mochila e a pasta de CDS. O dia já estava claro e os pássaros cantavam. Largou as coisas no meu porta-malas e entrou no carro. Mesmo às sete e quinze da manhã ela estava provocante. Eu perguntei pra onde ela queria ir. E a resposta foi sensitiva e sensorial: ela me beijou loucamente. Não tive dúvidas e fomos pro meu apartamento.
Sapatos e roupas voando pela casa. Uma viagem de sentidos, beijos, cheiro e palavras provocantes. Ela estava fora de si e queria sexo. Queria gozar, me disse, queria gritar. É como se algo a consumisse por dentro e a salvação estava ali. Se lançou em cima da minha cama e puxou meu corpo junto do dela. Ela repetia sem parar que queria que eu a comesse enquanto gemia no meu ouvido e me deixava cada vez mais louca. Ela gozou sentada no meu colo de uma forma tão vibrante que desmaiou por cima de mim. Com dificuldade eu a empurrei pro lado para poder respirar. No ar um misto de suor, perfume marcante, sexo e álcool. A maquiagem dela borrou meu travesseiro. Adormeci com dificuldade sentindo o calor do seu corpo e sua respiração.