(no telefone)
- Isto foi totalmente desnecessário.
- Eu sei.
- Não deveríamos ter feito.
- Concordo.
- Agimos levadas pelo instinto. Deveríamos ter pulado fora.
- concordo.
- Mas eu não me arrependo.
- Também não. Posso dizer uma coisa?
(dois dias antes)
Se encontraram para resolver os problemas do antigo apartamento. Era necessário se desfazer de alguns móveis e entregar as coisas emprestadas da Ana. A conversa ia e vinha e não se podia deixa de notar como ela estava sexy naquela roupa de trabalho. Ela também havia notado que os olhos dela não paravam de olhar. Fazer o que? Fingir que não viu?
Mas o desejo é coisa séria. E as atingiu em cheio. 'deixa que eu te ajudo com isso' ela disse. Ela retrucou 'não precisa' mas ai ela já estava praticamente em cima dela, ajudando com aquele negócio grande e pesado. Os olhares foram instantâneos. A cumplicidade de momentos já vividos falou mais alto e a proximidade dos corpos exerceu uma atração irresistível.
O chão era duro e machucava os joelhos. As roupas já pelo chão formavam um caminho que iniciava na sala. terminou no quarto onde o velho colchão andava encostado na parede. Ali não haveria machucados. nem joelhos nem cotovelos mais sofriam com a suavidade de um colchão nas costas e um corpo feminino em cima dela. Os beijos eram quentes e desesperados, as mãos não tinham mais por onde andar. Os seios dela massageavam as costas que ela exibia deitada de bruços sem preocupação com o tempo e o espaço. escureceu. Na penumbra de noite dois corpos se amavam.
(no telefone)
- Fala.
- Faria de novo.
- Eu também.
Um comentário:
Vim visitar o seu blog e agradecer a sua visita, li tudo e aqui acabei chorando...foi assim que começou...
E as palavras:
"-Faria de novo."
"-Eu também."
Continuei a ouvi-las agora.
Desculpe o desabafo.
Gostei do seus textos.
Mais tarde volto.
Beijos.
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